lundi 5 juillet 2010

"Es hora de que gobierno y partido tengan mayor acercamiento"

El Salvador.


La derecha mediática se ha encargado de, no solo alen-tar la separación del Presidente de la República, Mauricio Funes, con el partido FMLN; sino que se ha encargado de desnaturalizar las posiciones independientes del uno y el otro. Esto, por supuesto, es parte de la estrategia de la derecha política y empresarial para hacer fracasar el programa de gobierno del cambio.Hasta hoy, la independencia del gobierno, o mejor dicho del Presidente de la República Mauricio Funes con su partido, el FMLN, ha sido bien vista por la mayoría de salvadoreños, incluyendo a amplios sectores de la militancia del principal partido de izquierda.

Obviamente, hay otros sectores que se han dejado impresionar por la derecha mediática, y han criticado que el Presidente Funes haya abandonado los colores partidarios para vestirse de azul y blanco, como debe ser. No obstante, en momentos críticos como el que estamos viviendo, el gobierno del cambio y el partido, deben mostrar, no solo coincidencia y preocupación, sino unirse para buscarle respuesta.Y es que el hecho de que existan sospechas, si no es que evidencias, de que sectores oscuros de la nación estén detrás del incremento de la delincuencia, hasta con características de terrorismo, como lo ocurrido el domingo 20 en Mejicanos, debe acercar más al partido y al gobierno del Presidente Funes, así como a otras fuerzas progresistas y democráticas, para analizar ese tema y enfrentarlo.

El partido FMLN debe poner toda su fuerza activa (militancia) a la defensa de este gobierno, así como las instituciones del Estado y las fuerzas democráticas, pues hay que dejar una clara señal que las conquistas democráticas serán defendidas hasta las últimas consecuencias.El gobierno ha hecho hasta hoy todo lo posible por combatir a la delincuencia, no obstante, los homicidios no han cesado ni cesarán, mientras fuerzas oscuras sigan promoviendo este clima de violencia y no se le ataque frontalmente. La derecha mediática, mientras tanto, oculta los logros del aparato de seguridad.

El Presidente Funes ha anunciado medidas extraordinarias que, esperamos, den mejores resultados, pero no dudamos que tratarán de boicotearlo, pues, al crimen organizado le interesa demostrar que está sobre el gobierno, que está sobre la nación, y que las y los salvadoreños estamos dominados por el crimen.Por lo anterior, el partido FMLN y las fuerzas democráticas y progresistas deben acercarse al Presidente Funes no solo para demostrarle su apoyo decidido, sino, para demostrar unidad en la acción."

Editorial de DiarioColatino (San Salvador), 29/06/10.

A mais nova falência da Internacional Socialista

Opinión.

Breno Altman*

O Conselho da Internacional Socialista, entidade que coordena os partidos de inspiração social-democrata, reuniu-se nos dias 22 e 23 de junho, em Nova Iorque. A imprensa não deu muito bola para o evento, mas trata-se de um momento importante para entender o que pensa e como age essa família política. A organização foi fundada, em 1951, com o intuito de agrupar a esquerda não-comunista, então ensanduichada pela guerra fria. Estão entre seus principais membros o Partido Socialista Francês, o Partido Social-Democrata Alemão, o Partido Socialista Operário Espanhol e o Partido Trabalhista Inglês. Os filiados alinhavam-se ao campo capitalista, aceitavam a hegemonia norte-americana e majoritariamente renunciavam ao marxismo. Mas defendiam a ampliação do bem-estar social e adotavam circunstancialmente posturas antiimperialistas. Esse programa permitiu aos social-democratas uma posição forte enquanto a expansão dos direitos trabalhistas se constituía em uma das estratégias contra a influência do campo socialista. Revelava-se funcional a existência de uma corrente política pró-ocidental que disputasse, com os comunistas, a direção do movimento operário.


Sua trajetória, contudo, sofreu um cavalo-de-pau a partir dos anos oitenta. As demandas da reestruturação produtiva e o enfraquecimento do bloco soviético tornaram obsoletos os paradigmas da social-democracia. Dispensadas de seu papel de contenção política, as conquistas sociais viraram estorvo para os grandes monopólios. Os partidos da Internacional Socialista se viram diante de uma escolha: caso preservassem o velho programa, romperiam com as elites de seus próprios países e assumiriam uma política de confrontação; se preferissem salvaguardar o pacto de conciliação firmado na guerra fria, teriam que abandonar antigas bandeiras e aderir aos cânones do neoliberalismo. Seus dirigentes preferiram o segundo caminho.
A reunião em Nova Iorque, porém, ignorou solenemente esses acontecimentos. Como se os social-democratas nada tivessem que ver com as políticas de privatização, desregulamentação do Estado e liberdade ao capital financeiro que conduziram o capitalismo a presente crise. Ou com as guerras de agressão levadas a cabo para defender os interesses das grandes potências. Sintomático, aliás, que a IS seja atualmente presidida pelo grego George Papandreou, o primeiro-ministro à testa do colapso econômico de seu país e da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores helênicos. Sob sua batuta foram aprovados, no encontro realizado na sede da ONU, quatro documentos principais, versando sobre economia global, situação no Oriente Médio, mudanças climáticas e regras para desarmamento nuclear. Uma versão em espanhol está disponível no sítio
www.internacionalsocialista.org .

O malabarismo do palavreado apresenta-se como curiosa pantomima. A sacada: ocultar o que se passou com promessas sobre o que se passará. Critica-se a “ideologia neoliberal” e fala-se em “nova regulação financeira”, por exemplo, mas não há palavra sobre a política desenvolvida pelos governos social-democratas nos últimos vinte anos. Menos ainda se fala nas atuais medidas contra a crise adotadas pelas administrações da Grécia, Espanha e Portugal, as três comandadas por partidos da Internacional Socialista. Cúmplices econômicos e militares do Consenso de Washington, Papandreou e seus amigos apelam para cortes nos gastos sociais, passando aos pobres a conta da fortuna angariada pelos ricos.
Outro ato falho da cúpula socialista está em relatório paralelo aos documentos principais, acerca da situação venezuelana. A moção acusa o presidente Chávez de “autoritário”, assumindo o discurso fabricado por Washington e a oposição de direita. A resolução demonstra, além da submissão de seus líderes a Casa Branca, inconformismo com a esquerda que preserva uma política contra-hegemônica. Deixa poucas duvidas de que lado estará a Internacional Socialista nos momentos das definições a sério.
E quando uma organização que se reivindica de tradições progressistas aceita ser linha auxiliar do conservadorismo, é porque perdeu sentido histórico e sobreveio a falência do projeto que representa. No caso da Internacional Socialista, a bem da verdade, trata-se da terceira bancarrota. Herdeira da Segunda Internacional, foi à lona pela primeira vez quando votou os créditos militares exigidos pelas burguesias nacionais européias às vésperas do conflito mundial de 1914. Reconstruída, bateu outra vez na lona em 1940 por incapacidade de organizar a resistência contra o nazismo.
O novo colapso da IS é determinado pela associação com governos e políticas de direita que levaram o capitalismo a sua pior crise desde 1929. Ao contrário das ocasiões anteriores, nas quais simplesmente fecharam as portas, dessa feita os social-democratas parecem fazer de conta que ainda respiram, ainda que por aparelhos.


* Breno Altman é jornalista e diretor editorial do sítio Opera Mundi
Publicado en : http://www.pt.org.br/portalpt/opinioes/breno-altman:-a-mais-nova-falencia-da-internacional-socialista-8891.html