Pode dizer-se sem risco de exagerar que o Brasil, "país-continente", depositário de uma insuperável riqueza em termos de recursos naturais, e pela sua dimensão territorial e preponderância económica, tem intrinsecamente um potencial de actuação relevante no plano regional e também internacional.
Do ponto de vista do relacionamento regional, a história do Mercosul confunde-se com o caminho da transição democrática no Brasil, que, juntamente com a Argentina, lançou as bases do que é hoje uma história de sucesso de integração regional, servindo o duplo objectivo da estabilização política e de integração na economia global.
O empenhamento do Brasil na consolidação deste projecto, que enfrentou hesitações em consequência de episódios como a desvalorização do real ou da crise na Argentina, é proporcional ao seu posicionamento como maior economia do bloco regional e à urgência em viabilizar a sua inserção competitiva no mercado internacional, com a pesada herança da industrialização com base na substituição de importações e perante os desígnios do Consenso de Washington.
O Brasil foi o principal promotor do boicote à criação da ALCA, para o que contribuiu também a uma forte mobilização da sociedade civil, o que se insere num esforço de consolidação da própria identidade regional em alternativa à hegemonia Estado-unidense.
A postura do actual presidente Lula da Silva no âmbito da política externa tem-se pautado pela manifesta necessidade de "mudança na geografia comercial mundial" e pelo reforço da diplomacia regional no sentido de aprofundar o Mercosul e por outro lado insistir na América do Sul como foco de actuação política, no âmbito de um processo que tem subjacente a percepção de que o regionalismo ou o reforço do multilateralismo são a forma natural de convivência (e sobrevivência) no mundo globalizado.
Do ponto de vista do relacionamento regional, a história do Mercosul confunde-se com o caminho da transição democrática no Brasil, que, juntamente com a Argentina, lançou as bases do que é hoje uma história de sucesso de integração regional, servindo o duplo objectivo da estabilização política e de integração na economia global.
O empenhamento do Brasil na consolidação deste projecto, que enfrentou hesitações em consequência de episódios como a desvalorização do real ou da crise na Argentina, é proporcional ao seu posicionamento como maior economia do bloco regional e à urgência em viabilizar a sua inserção competitiva no mercado internacional, com a pesada herança da industrialização com base na substituição de importações e perante os desígnios do Consenso de Washington.
O Brasil foi o principal promotor do boicote à criação da ALCA, para o que contribuiu também a uma forte mobilização da sociedade civil, o que se insere num esforço de consolidação da própria identidade regional em alternativa à hegemonia Estado-unidense.
A postura do actual presidente Lula da Silva no âmbito da política externa tem-se pautado pela manifesta necessidade de "mudança na geografia comercial mundial" e pelo reforço da diplomacia regional no sentido de aprofundar o Mercosul e por outro lado insistir na América do Sul como foco de actuação política, no âmbito de um processo que tem subjacente a percepção de que o regionalismo ou o reforço do multilateralismo são a forma natural de convivência (e sobrevivência) no mundo globalizado.